Educadores gaúchos decretam greve em repúdio aos ataques de Sartori.

Assembleia do CPERS foi realizada no Ginásio Gigantinho, em Porto Alegre (Foto: Roberta Salinet/RBS TV)
Assembleia do CPERS foi realizada no Ginásio Gigantinho, em Porto Alegre (Foto: Roberta Salinet/RBS TV)

A partir da próxima segunda-feira, dia 16, os educadores do Rio Grande do Sul paralisarão por tempo indeterminado suas atividades em repúdio ao desrespeito do governo Sartori (PMDB) com professores e funcionários de escola, pais, alunos e comunidade escolar.
A Direção Central do CPERS convocou a cada um dos educadores para propagar e fortalecer a greve em suas regiões. Nos próximos dias, a direção e demais representantes do Sindicato irão percorrer escolas do Estado para ressaltar a importância de realizar uma greve massiva para impedir que o governo retire direitos históricos da categoria.
Entre as principais reivindicações dos professores e funcionários de escola estão o pagamento dos salários em dia e na sua integralidade, IPE público e com o regime de solidariedade, nomeação de professores e funcionários de escola, reajuste imediato de 13,01% (2015) mais 11,36% (2016), exigência de um calendário para o pagamento do Piso e a manutenção do Plano de Carreira (ver pauta de reivindicações abaixo).
“No momento em que recebemos apenas 30% do nosso salário, o governo encaminha a Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO a Assembleia Legislativa apontando zero de reajuste para nós, em 2017. Isso significa que podemos entrar 2017 recebendo menos de 20% do nosso Piso Salarial. Se não bastasse, também aponta para o reenquadramento do Difícil Acesso, ou seja, retirar mais recursos do bolso do educador. Também quer cobrar mais 5% por dependente do IPE Saúde e taxa de hospitalização. E ainda desrespeita a liminar que o proíbe de parcelar nossos salários. Não permitiremos nenhum retrocesso. Agora é greve!”, afirmou a presidente do CPERS, Helenir Aguiar Schürer.

Pressão do CPERS faz governo marcar reunião com Secretaria da Fazenda e Casa Civil para a próxima semana
Após o encerramento da Assembleia, os educadores realizaram uma caminhada até o Palácio Piratini. No local, a Direção Central do CPERS e representantes do Comando de Greve da categoria foram recebidos pelo secretário da Educação em exercício, Luis Antônio Alcoba de Freitas e pelo secretário adjunto da Casa Civil, José Guilherme kliemann e entregaram a pauta de reivindicações da categoria. Após pressão da Direção Central que afirmou que não sairia do Piratini sem uma resposta, ficou agendado para a próxima terça-feira, dia 17, uma reunião com o secretário da Fazenda, Giovani Feltes, o chefe da Casa Civil, Márcio Biolchi e o secretário de Educação em exercício, no Palácio do Piratini.
Neste dia, haverá mobilização dos educadores em frente ao Palácio. “Convocamos a todos os professores e funcionários de escola a virem, na terça-feira, para frente do Palácio e mostrar a este governo a força da nossa unidade”, conclamou Helenir.

Estudantes realizam Assembleia e decidem ampliar ocupações das escolas
Estudantes secundaristas de diversas regiões do Estado, representantes de Grêmios Estudantis, da União Nacional dos Estudantes – UNE e da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas – UBES, realizaram uma Plenária Estadual, no estacionamento do Gigantinho, durante o decorrer da Assembleia dos educadores. Após debates, eles decidiram que irão ampliar o número de ocupações nas escolas do Estado em defesa da qualidade da educação pública e do respeito com educadores.
Até o final da tarde desta sexta-feira, dia 13, seis escolas, quatro da capital e duas do interior, estavam ocupadas por estudantes.
Em apoio aos educadores, no final da Assembleia Geral os estudantes uniram-se aos professores e funcionários de escola e realizaram a caminhada até o Piratini.

Pauta de Reivindicação aprovada
1-      Deflagrar a greve por tempo indeterminado;
2-      Apoiar toda a forma de luta da comunidade escolar como: ocupações, assembleias, aulas cidadãs, plenárias, etc;
3-      Debater com a categoria a recuperação das aulas do período de greve no ano de 2017;
4-      Elaborar um calendário de implantação do Piso Nacional que está defasado em 69,44%;
5-      Exigir reajuste imediato de 13,01% (2015) mais 11,36% (2016);
6-      Disputar a LDO para incluir o reajuste salarial;
7-      Defender a educação pública de qualidade, assegurando o efetivo repasse das verbas públicas para a manutenção das escolas e da merenda escolar;
8-      Defender a manutenção dos Planos de Carreira dos Educadores;
9-      Defender a manutenção do IPE Público (Previdência e Saúde) e com o Regime de Solidariedade, sem novas contribuições ou quaisquer taxas;
10-  Lutar contra o reenquadramento do Difícil Acesso;
11-  Cumprir a Lei do Piso – garantia da hora/atividade;
12-  Dar todo o apoio à comunidade escolar que estiver em luta com a categoria;
13-  Eleger o Comando Geral de Greve da Assembleia Geral;
14-  Criar o Coletivo de Igualdade Racial e Combate ao Racismo do CPERS/SINDICATO.

Via: Assessoria de Imprensa – CPERS

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