[SUL] Arroio-grandense recebe prêmio em Milão.

São inúmeros os objetos que podem ser feitos de material reutilizado. Vasos de flor, porta-retratos, bancos e o que mais a imaginação permitir. E foi adaptando a ideia da reutilização de materiais que os alunos André Lemke e Thales Ferreira, do curso técnico integrado em Eletrônica do câmpus Pelotas, construíram robôs com base em inteligência artificial, reaproveitando placas e outras peças eletrônicas disponíveis no Laboratório 14 do curso de eletrônica. O objetivo? Criar uma competição de robôs.

O projeto de competição de robôs, orientado pelo professor Rafael Galli, já foi premiado em feiras brasileiras como a Mostratec. Agora, é reconhecido também no exterior, após participação na feira internacional O Jovem e a Ciência, realizada em Milão, na Itália, na primeira semana de maio .  A feira reuniu 42 projetos de jovens do mundo inteiro, e das três premiações disputadas por estrangeiros, os alunos do IFSul levaram a mais cobiçada: o prêmio Excellence in Computer  Science, certificado de excelência da Intel – a produtora de microcontroladores mais popular do mundo.

Para o diretor-geral do câmpus Pelotas, Rafael Leitzke, a premiação dos estudantes em Milão mostra a qualidade de ensino do IFSul e a capacidade dos professores e alunos de trabalharem com pesquisa. Segundoo dirigente, a participação do instituto em feiras internacionais é essencial para motivar os alunos a se interessarem pela pesquisa. “Hoje, nós temos condições de levá-los para as feiras, e isso os incentiva, juntamente com os grupos de pesquisa que o câmpus oferece e que os alunos, desde o nível técnico, podem se envolver”, avalia.

ImagemA pesquisa no laboratório 14 levou os meninos a reutilizar materiais eletrônicos, e foi justamente isso que chamou a atenção dos jurados italianos. O estudante Thales acredita que o ponto crucial para o destaque na feira foi eles terem construído a parte física, conhecida como hardware, e o suporte lógico – o software – dos robôs a partir do aproveitamento de peças. O professor Galli concorda. “Eles ficaram impressionados, porque os guris fizeram tanto o hardware quanto o software dos robôs. Lá, eles estão acostumados a comprar os kits prontos e só montar uma parte. E aqui os guris pegaram o lixo eletrônico e transformaram em equipamento de primeiro mundo”, conta Galli.

A premiação na Itália foi o fechamento merecido do nível técnico da vida acadêmica de Thales (natural de Arroio Grande) e André. De volta ao Brasil, André inicia o primeiro semestre de Engenharia Eletrônica na Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e Thales começa, no IFSul, o curso de Engenharia Elétrica. Do laboratório 14, os dois levam os vínculos de amizade e o interesse pela robótica, que pretendem seguir em suas carreiras profissionais.

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